Quanto vale o saber ? De que forma se recicla o conhecimento hoje, nesta velocidade dos novos tempos?
Lembram da Barsa? Quem a tinha em casa, possuía um tesouro. Foi lançada em 1964, pela Enciclopédia Britânica, que começou a ser publicada no século 18, em Edimburgo. E lembram? Todo ano era editado um livro com as novas informações, as atualizações. Não só enfeitava as estantes, mas era a internet da época. Agora, ainda, essas enciclopédias, estão em algumas estantes, muitos sebos, mas também online.
Então, imaginem hoje como o saber caminha, ou melhor corre, voa. Estamos na era onlineeducação continuada é mais exigida do que nunca.
Assim, quanto o e-mail da Sybille Cavalcanti, diretora executiva da ABR, chegou em nossas caixas, começou um efervescente debate sobre a educação continuada, embora ainda com poucos rolfistas na roda. Os que se manifestaram apresentaram os seus projetos, suas pesquisas, suas ideiasseus desejos, explicando as suas razões por suas opções.
O convite é aberto a quem quer ouvir, participar das palestrascursos,a quem quer dar o seu recado, partilhar o seu trabalho, a sua experiência.
O texto de Sybille dizia:
<center><i>“O exercício de uma profissão é algo que requer contínuo investimentoatualização. Há sempre muito que aprenderensinar.
É assim em todas as demais profissões.
IE Rolfing® não é uma técnica, é uma perspectiva.
Cada um de nós é um alunoum professor.
Vamos trocar nossas habilidades?
A ABR, em sua função de facilitação do ensino de IE Rolfing®, desenvolveu nova programação de Educação Continuada, com profissionais competentes de alto nível profissional, locaisestrangeiros, e, também solicitou, abriu o programa àqueles associados que desejassem ensinar seu trabalho aos demais colegas.
E, pasmem – NINGUÉM se manifesta…
O que há de errado?
Dinheiro não é mais a razão. Estes workshops estão a preço de cinema, mais barato que teatro!”
</center></i>
<br>
<center>REFLEXÕES</center>
<u>Marilene Marfin-Martin</u>, desenvolvendo uma importante pesquisa com patologias degenerativas neuromusculares escreveu de muito longe:
“Tenho estado em frequente contato com a ERA, em Munich,mais recentemente com o grupo semi-independente da Holanda (que está criando seu websitetenho endereço nele). O que recebo do RISI todos recebem, portanto, mais ou menos sabemos como eles estão organizados. Comparando com o que agora conheço daqui da ERA (e alguma coisa de grupos semi-independentes), acho essa iniciativa da ABR criativa, democráticade fato, favorável a maior intercâmbio no processo de educação continuada.
Particularmente tenho me dedicado a uma trajetória mais individualizada mesmo, como parece ser o perfil do rolfista brasileiro, que parece atestado no que agora se levanta (…) Fui deixando de comparecer às reuniões de assembléiaanuais, mas não deixei de continuar minha própria educação continuada. Fiz vários workshops na própria ABR,aqui na ERA, além dos 7 módulos de craniossacral ministrados por Sally Klemm, num grupo à parte da ABR, mas com vários colegas daí.
Nos últimos anos a grande maioria de meus pacientes tem sido pessoas com doenças crônicas, especialmente no campo das degenerativas neuromusculares. Estou estudando sobre issopretendo publicar meu trabalho. Recentemente saiu uma matéria de IE Rolfing® num jornal de advogados – a qual agradeço a iniciativa – na qual IE Rolfing aparecia escrito duas vezes como contraindicado a doenças neuromusculares (no texto geralnum destaque com fundo azul). Escrevi um longo e-mail destinado a todosninguém se pronunciou. Ninguém da ABR, nem quem escreveu o artigo, nem os colegas médicos ou fisioterapeutas.
Meu ‘poster’ em Boston me aproximou de Robert Schleiphá 3 anos sou membro do seu grupo de pesquisa no laboratório da Universidade de Ulm na Alemanha. Meu trabalho clínico na mesa de IE Rolfing mudou muito ao longo de meus quase 15 anosestou escrevendo os fundamentos dessa mudança, que espero publicar na minha tese. No momento estou novamente aqui na Europa e, quando voltar ao Brasil, visitarei a ABR. (…)
E viva! Parece que temos ares com muita vontade de INTEGRAÇÃO.”
E termina o seu texto, agradecendo “a Lúcia Merlino por levar a bandeira do <i>Rolfing® Brasil</i> com dedicaçãocompetência”, mencionando ainda que “esse periódico talvez tenha sido o link mais presente da ABR para muitos de nós em vários momentos”.
Bem lembrado sobre o papel do Rolfing® Brasil para a comunidade, já destacado na reportagem <i>“Eles são únicos em seus Estados, mas atuantes, criativosantenados” </i>(edição 31).
Desenvolver “uma pesquisa para saber o que as pessoas estão pensando sobre estesoutros assuntos relevantes.”, sugere <u>Ilana de Picciotto Kuschnir</u>. “Não precisa ser algo custoso, desde que os associados possam falar livremente, sem serem identificados. Acho que com certeza ajudaria muito a nova direção”, complementa Ilana.
No que concorda <u>Pedro Prado</u>, que também acha que “cabe sim o contato com todos para sempre nos inteirarmos do que pensam , sentem, suas propostasrazões. Acho que a diretoria já esta pensando em pesquisa assim, em contato direto com os associados. Por hora, as pessoas estão respondendo espontaneamente ao programa”.
O que também é muito democráticoabre-se mais uma oportunidade de manifestação, assim como a página Carta dos Leitoreso <i>Espaço do Rolfista</i>, disponível no <i>Rolfing® Brasil</i>.
<u>Luiz Fernando Bertolucci</u> vai junto na ideia de se pesquisar as necessidades da comunidade quanto à educação continuada. E, acrescenta, se referindo as observações de Marilene“Não sabia quanto à menção de contraindicação do trabalho em doenças neuromusculares. Acho que este tópico de contraindicações merece uma discussão para nos posicionarmos, comunitariamente, a respeito.”
Assunto muito pertinente, sem dúvida, que merece um outro texto, com uma boa apuração.
<u>Angela Lobo</u> também apontou a pesquisa necessária. Informando que neste momento está “investindo em educação continuada em outra área: 3º ano da faculdade de fisioterapia!”
<u>Lúcia Merlino</u> fala que recebeu “com prazer o convite para integrar o comitê educacional da ABR, em fevereiro último.” (…) A ideia destes workshops breves é, além de proporcionar educação continuada a baixo custo, criar espaços em que os rolfistas possam se reunir mensalmente. E a partir destas vivências discutir necessidades, dar sugestões de outros cursosáreas de interesse, trocar informações, falar das dificuldades da vida de consultório,crescermos como grupo. De início, a proposta foi chamar a própria comunidade para dar as aulas, para que pudéssemos trocaraprender uns com os outros. Penso que, mais para frente, sabendo das demandas do grupo, poderemos organizar outros cursos de interesse dos rolfistas.”
Para <u>Eduardo Seiji Motomura </u>a ideia deste modelo de educação continuada é “muito válida, os valores, a carga horária (…) O que dificulta no meu caso e, talvez ocorra com outros rolfistas, é o fato de trabalhar nos três períodos do dia, principalmente à noite, pois a maior parte dos meus clientes, tanto de IE Rolfing, como de personal trainer, procuram me contratar nos horários em que não estão trabalhando.” Ele acredita que falar sobre IE Rolfing, resolver as sessões 8ª, 9ª10ª são assuntos “frescos” em sua memória, pois se formou em dezembro passado. “Sei que se oferecerá muito mais informações, mas pensei em assistir a essas palestras mais para frente, se houver outras edições, assim, poderia absorver a diferença do que será acrescentado”, resume ele. E continua: “com relação às palestras da Sally, algumas me interessaram muito, tanto no conteúdo, quanto ao valor, porém, penso que, pode haver maior adesão se as palestras ocorressem aos sábados (até 8h de palestra)domingos (até 4h de palestra).”
“Particularmente achei os cursospalestras interessantesestava disposta a participar de alguns”(… ), escreve <u>Ana Maria Gilioli</u>. Dentro da ideia da formação continuada me organizei para fazer dois workshops por semestre. Mas, na realidade, o que me atrapalhou um pouco, é que este ano, depois de 15 anos atuando em consultório, quase não trabalheiestou um pouco assustada. Faltam clientes (…) Isso desestimula muito pois é interessante estudar quando se trabalha, quando se tem dúvidas (…) mas ainda estou respirando fundome propondo a continuar”, desabafa Ana.
Outra <u>Ana, Cristina Guida</u>, avalia que “o projeto de educação continuada é muito bomo melhor é que pode ter o seu conteúdo sempre revisto.” Para Ana, um rolfista pode ter imprevistos, problemas pessoais, de saúde, mas pode, sobretudo, fazer planos, programar-se, para dar continuidade em seus estudosse reclicar. Outros cursos, na sua experiência também acrescentam muito como, educação física, fisioterapia, RPG, PilatesYoga.
<u>Eliana Ribeiro Grotti</u> esteve com a agenda apertada anos primeiros meses do ano, mas acha “a proposta de encontros breves ótima. Assim fica mais fácil de conciliar a agenda, além dos encontros serem mais frequentes.” Ela acrescenta que “apesar de saber que a Integração Estrutural-Rolfing® objetiva promover a saúde, em meu dia a dia, no hospital (Einstein), nos deparamos com diferentes patologiasa forma como as mesmas interferem no todo. É um grande desafio… Espero poder compartilhar com a comunidade em breve.”
Olha aí, quem sabe Eliana organiza um workshop contando essa sua experiência no hospital para todos nós.
<u>Adriana Gailey Coutinho</u> nos escreve com saudade. “Nesses últimos dois anos foram praticamente de dedicação total às minhas filhas! Fiquei com água na boca pra fazer muita coisa interessante que vocês mandavam, mas fiz a escolha de estar com elas (…) “Agora, estou retomando o trabalho, com muita vontade de voltar à ativa. Mas, para os cursos, a distância pega um pouco, deixar as meninas, organizar toda essa logística.” Como mudou de São Paulo, está no Rio, vai ter de aguardar o consultório novo engordar um pouco.
<u>Maria Ayako Sakuraba</u> concorda “com vários colegas sobre a nossa falta de tempo, a proximidade das palestras, mas acho também que muitos não realizam atualizações, talvez por desconhecer o ganho pessoalprofissional com os cursosworkshops.” (…) Formada no ano passado, ela já fez três worshops, participou de uma reunião anualatualmente está se preparando para iniciar a pós em IE Rolfing® pela UniÍtalo. Ainda está “realizando supervisão em relações terapêuticas, com um grupo de rolfistas. Apesar da agenda cheia, trabalho com IE Rolfing em consultório, atendimento domiciliartrabalho em hospital pela manhã, faço curso de inglês, mas sempre arrumo um tempo para continuar estudando,acho que será assim ‘forever’. Também acho interessante a pesquisa que a Ilana sugeriu para mapear as necessidades de todos.” Ufa! Fecha Ayako.
Pois é “a reflexão ficou interessante, ainda que por e-mail.” escreveu, eu, <u>Rosângela Maria Baía</u>, acrescentando “pode-se até transformar tudo isso num bom texto para o Rolfing® Brasil. Além do que, esse tipo de estudo é um pedido antigo de muitos rolfistas. Costumo participar de todos os eventos que posso. Reciclar-se, atualizar-se, é essencial em qualquer profissão. Só acho que as datas de estreia desses, abrilmaio, ficaram muito próximas, o que somam custos, tempoagendas de clientes.
Os demais em julho, agosto setembro, estão mais espaçados, o que facilita. Isso para quem está em São Paulo, claro…”
E o texto saiuvamos emendarcomemorar junto com a pós-gradução, cujos trabalhos dos primeiros formandos fazem também parte desta edição. A ocupada Ayako lembrou bem da pós.
Agora é só ajeitar tudo nas agendas, “póscontras”,participar daquilo que for possível, ainda que escrevendo. Uma opção maravilhosaem tempo real que esta internet nos proporciona. Não estamos mais sozinhos.
Basta um clic!
[:][:pb]Educação Continuada[:]
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