Minha intenção, nesta breve exposição, não é oferecer uma visão pro¬fundadetalhada do xamanismo. Pretendo, tão somente, abordar alguns temas que são comuns aos vários modelos de xamanismo – modelos estes que se baseiam em estruturas psico-simbólicas -examinar algumas das discussões a respeito da figura do xamãde suas vivências. Muito simplesmente, o que faço é convidá-los para me acompanharem numa dupla viagem: uma primeira,rápida, pelo tempo-espaço, para que possamos localizar a extensão do fenômeno que denominamos xamanismo e, em seguida, uma outra viagem pela jornada interna do xamã durante a crise de sua vida, pelos modos como ordena o caosa confusão decorrentes de sua passagem pelas três zonas do Cosmos. É exatamente deste processo de ordenação, segundo afirma Halifax, que emerge a consistência do processo xamanístico.
Retrocedendo no tempo encontramos uma primeira representação do xamã numa pintura rupestre de Lascaux feita entre 30 mil12 mil anos A.C. Ou, uma outra figura famosa, o ?Feiticeiro? , na caverna Les Trois Fréres, realizada há 15 mil anos,que dança pairando sobre um grupo de animais vestido como um bisão. Estas são as primeiras representações que temos o que não significa que o fenômeno em si não retroceda ainda mais no tempo. Desde esta época imemorial, fenômeno típico das sociedades de caçadores coletores, persiste, ainda hoje donde quer que elas existam, assim como é encontrado em sociedade agrícolas que conservaram este complexo religioso com modificações. Assim, através dos milênios,a despeito das alterações, o xamanismo permaneceu vital para inúmeras culturas adaptando-se a ela apesar das diferenças culturais. Há entretanto traços particulares que aparecem em todas as instâncias formando um ideário especÍfico que permite a caracterização. Um deles é o despertar do xamã para outros planos de realidade, outros estados de consciência. A experiência do êxtaseuma abertura para os domínios visionários, ou imaginários, que formam a essência do xamanismo. Segundo Eliade, a definição desse fenômeno é: o xamanismo é uma técnica de êxtase, o xamã é o grande mestre do êxtase. Os xamãs são curandeiros, profetasvisionários que dominaram a morte. São poetascantores, dançamcriam obras de arte. São entertainers, conhecedores dos alimentosdas ervas, dos animaisdos elementos. Todo este saber torna-os também políticos.
Mas é necessário fazer algumas diferenciações. O termo xamã tem si¬do ultimamente usado como sinônimo de feiticeiro, mágico,isto não é correto. A palavra nos vem, através do russo, do Tungus sàman provavelmente derivado do védico śaram significando “queimar a si mesmopraticar austeridades”. Se o termo é usado de maneira muito genérica para designar todos os indivíduos que possuem poderes mágicos religiosos, qualquer mago ou médico-feiticeiro, a noção ao mesmo tempo fica extremamente complexaextremamente vaga. Ao fazer estas observações, Eliade propõe que se restrinja o uso do termo. Isto porque se por um lado o xamã é também um mago, ele se distingue de todos os outros magosmá¬gicos do mundo por ter especialidades específicas como o “domínio do fogo”, o “vôo mágico” etc. Assim, se o xamã é, entre outras coisas, um mágico, nem todo mágico pode ser um xamã. A mesma distinção deve ser aplicada a cura xa¬manística; todo homem-médico é um curandeiro, mas o xamã emprega um método que lhe é próprioque abordaremos mais adiante. Quanto às técnicas de êxtase, embora estas não esgotem a variedade documentada na história das religiões, elas também são especializadas: durante o êxtase acredita-se que a alma deixe o corpo para ascender aos céus ou descer ao mundo subterrâneo. Ainda uma última distinção deve ser feita,esta diz respeito à definição da relação do xamã com os espíritos, no sentido que, enquanto ser humano, ele é capaz de se comunicar com os mortos, os demôniosos espíritos da natureza sem por isso se tornar instrumentos deles.(1)
Tendo retrocedido no tempoespecificado algumas das características do modo de vida do xamã resta-nos ainda localizá-lo no espaço. Embora os xamãs estejam especialmente vinculados à geografia do nortedo centro da. Ásia, eles também são encontrados nas Américas, na Indonésia, na Austrália, na Áfricano norteleste da Europa e, ainda hoje, onde existam caçadores-coletores ou donde quer que esta tradição tenha sido mantida a despeito da mudança do substrato cultural. Note-se que mesmo onde o xamanismo domina, como na Ásia do nortecentral, ele não é a religião dominante da região. As mitologias são produtos de experiências coletivasnão de seres privilegiados. Em verdade, a experiência xamanística se expressa através destes ideários coletivos destes sistemas simbólicos que dão coerência às várias culturas. Com maior ou menor sucesso o xamanismo se adapta às várias formas de religião. A diferença entre estasas experiências dos xamãs está na intensidade da experiência induzida pela performance xamanística. O xamanismo valoriza um certo número de elementos especiaisaté, se quisermos, “privados” da religião à qual pertence o restante da comunidade.
Se seguirmos agora pelo caminho sagrado do curandeiro ferido(woundedhealer), notamos que uma pessoa se torna xamã por hereditariedade ou através de fenômenos mórbidos ou ainda por decisão pessoal. Isto ocorre espontaneamente através de uma doença, de um sonho, de um encontro casual com algum poder ou deliberadamente através de uma busca. De qualquer forma, um xamã não é reconhecido como tal enquanto não passar por um duplo processo de aprendizagem: um de ordem extática( sonhos, visão, transe)outro de ordem tradicional{ técnicas, nomenclaturasfunções dos espíritos, mitologiagenealogia do clã, linguagem secreta, etc). Esta instrução que está a cargo dos velhos mestres xamãs, equivale a uma iniciação . O caminho da experiência do êxtase envolve sofrimento, morte, ressurreiçãoilu¬minaçãose inicia com uma crise. Essa primeira crise singulariza o xamã por um comportamento estranho. Ele procura ficar em solidão, torna-se sonhador, gosta de passear em lugares solitários, fala ou canta durante o sonho. É o período de encubação que, às vezes, se caracteriza por graves sintomas: entre os Yakoutes, por exemplo, ocorre que um homem se torna furiosoperde facilmente a consciência, se refugia na florestase alimenta de cascas de árvore, joga-se na águano fogo, ferindo-se.
Shirokogorov conta que os futuros xamãs tongous atravessam, com a aproximação da maturidade, uma crise histérica ou histereóide. Até mesmo quando o xamanismo é hereditário a designação do futuro xamã precipita no candidato uma mudança de comportamento. Entre os Altáicos o futuro kam é assinalado por uma natureza doentia, por ataques de solidãocontemplação. As pessoas podem também se tornar xamãs através de um acidente insólito como, por exemplo entre os esquimós, quando se é atingido por um raio; quando se cai de uma árvore ou quando se atravessa uma prova considerada iniciática (os esquimós por exemplo passam cinco dias na água geladasuas roupas não devem ficar molhadas.(1)
Esta crise inicial, ou o comportamento estranho do futuro xamã, logo chamou a atenção dos estudiosos que durante meio século explicaram o xamanismo siberianoártico como doença mental. A ‘histeria ártica’ foi doutrina de grande vogaafirmava que o xamanismo era um fenômeno essencialmente ártico provocado pela influência do meio cósmico sobre a instabilidade nervosa dos habitantes da região submetidos a frio excessivo, longas noites, solidão desértica, falta de vitaminas,etc. Mas, mesmo estes observadores notaram que a diferença entre um epiléticoum xamã era que este último controlava seus ataques. A hipótese da histeria ártica não se sustentou devido a observações em outras partes do globo. Mas prosseguiram as hipóteses sobre o xamã ser um doente mental: esquizofrênico, epilético, histérico. Eliade não concordaafirma que o prestígio do xamã, esquimó ou indonésio, não advém dele ser epilético, mas sim de ter o poder de controlar a epilepsia, de provocar os ataques segundo sua vontade. Os grupos onde existe o xamanismo distinguem bem, como nós os fazemos, os neuróticos,estes não são xamãs. O xamã é um homem doente que foi curado, que obteve sucesso ao curar a si mesmo. Na famosa definição de T. S. Eliot, ele é um wounded healer, um curandeiro ferido.
E mais, os observadores, em todos os continentes, inclusive os observadores médicos, afirmam que os xamãs mostram sinais de uma constituição nervosa normal. Alem disso, algumas de suas qualidades tornam-se aumentadas. Demonstram alto grau de concentração, agüentam esforços exaustivos, controlam seus movimentos extáticos, demonstram acurada inteligência, corpo saudávelenergia transbordante. Todas as práticas do aprendizado contribuem para que isto ocorra.
Definitivamente o xamanismo não pode também ser explicado como um mecanismo de determinadas sociedades para controlar a anormalidade assim como seria absurdo explorar a predisposição hereditária psicopatológica como explicação, como quiseram alguns. Permanece o fato da crise do xamãda vocação implicar não só nessa alteração de comportamento inicial mas realmente em uma crise que toca as raias da “loucura?. E a pessoa não se torna xamã sem ter resolvido esta crise. A crise é totalconduz, muitas vezes, a desintegração da personalidade. “O retorno simbólico ao caos é indispensável a toda nova Criação? . Esse mesmo simbolismo aparece na loucura dos futuros xamãs, em seu caos psíquico,é o sinal que um tipo de homem está para se dissolver para que uma nova personalidade possa surgir.
Em termos da simbologia do xamanismo a experiência de morteressurreição, de nascimento de uma nova pessoa, é expresso pela combustão da carneesfacelamento do esqueleto. Isto em geral ocorre no Mundo Subterrâneo para aonde o neófito é levado por seus espíritos familiares. O familiar, ou espírito auxiliar, em geral, é um animalcom ele o xamã se comunica numa linguagem secreta. Os animais, concebidos como psicopompos acompanham a alma em sua viagem. Há um outro tipo de espírito, o tutelar, que em geral é alma de um xamã morto ou um espírito celestial menor, espírito este que é mais poderoso. O xamã tem intimidade com todos os espíritos, mas só controla alguns, os ‘familiares’ os quais pode emprestar a um colega ou até mesmo vender. Já não pode fazer isto com o tutelar. Este, entre os Buryat é chamado por um termo que corresponde a “metamorfose?. O tutelar não só permite ao xamã se transformar como também é, num certo sentido, seu duplo, seu alter-ego. O alter-ego é uma das almas do xamã sua ?alma da vida?. O espírito animal representa o mesmo papel que o espírito ancestral, ele leva o xamã até o além, revela mistérios, ensina.
Guiado então pelos espíritos familiarespelos tutelares o xamã desce ao mundo subterrâneo. Este foi descritomapeado de diversas maneiras, mas sempre como um lugar perigosoaterrorizador. O reino dos mortos para muitas tradições siberianas parece-se com o mundo dos vivos exceto que tudo que ali existe está de cabeça para baixo. A morte é o reverso da vida. Segundo a tradição dos Samoied siberianos, as árvores crescem para baixo, o sol se põe a leste, nasce a oeste; os rios fluem corrente acima. As atividades da vida,suas fases, também são invertidas.
Os Finn descrevem a casa dos mortos como sendo acarpetada com cabelos de mulher, sustentada por ossos humanos. Para chegar à terra dos mortos é preciso atravessar um rio negro. Nem o sol nem a lua brilham no Rio dos Mortos. Em muitas culturas aparece este rio, escuro, de água fervente, com freqüência povoado de almas desafortunadas em agonia. A ponte que conecta os dois mundos também está sempre presente . Durante a jornada a almaseus espíritos ajudantes enfrentam muitos perigos.
Outros grupos, como os Yakut siberianos enfrentam um perigo ainda mais ameaçador: para chegar ao Mundo Subterrâneo devem atravessar a gargantao corpo de um monstro serpente. Os Altáocos atravessam as mais negras florestasas mais altas montanhas, cercados de ossos por todos os caminhos, antes de encontrarem a abertura para o Mundo dos Mortos.
Os sofrimentos correspondem a torturas psíquicas e, muitas vezes, os processos empregados são representações concretas de processos psíquicos. Alguns sofrimentos encontram contrapartida em termos de uma morte simbólica. Assim, em alguns casos ocorre o desmembramento do corpo seguido pela renovação dos órgãosvísceras. Na Austrália esta morte simbólica envolve a remoção dos órgãos pelos espíritos, ou alma dos mortos,no lugar dos órgãos, a colocação de cristais que conferem poder mágico. Na América do Sul também encontramos casos de introdução de pedras no corpo ou da introdução de uma substância invisível que é transmitida pelo mestre. Entre os esquimósoutros é exigida a contemplação do próprio esqueleto. O sucesso nessa experiência requer grandes esforços, privações físicasprolongadas contemplações mentais dirigidas para se obter a habilidade de enxergar a si mesmo como esqueleto. O essencial nesta experiência é ser despido da carne, enumerarnomear todos os ossos.
O desmembramentoa redução a esqueleto equivalem a re-entrar no interior da vida primordial, isto é, uma completa renovaçãorenascimento. Se o primeiro nascimento, fato fundamental da vida humana, foi inconsciente, este nascimento para uma outra condição, a condição de homem desperto, deve ser inteiramente consciente. É também, ao mesmo tempo, uma antecipação da vivência da morte futura, a outra experiência fundamental para o ser humano. A idéia é antecipar o trabalho do tempo, reduzir a vida através da percepção do que realmente se é, isto é, uma ilusão efêmera em perpétua transformação – o que é uma nova maneira de o indivíduo se ver. Os ossos, para os caçadores-coletores, significam a raiz última da vida animal, a matriz de onde a carne surge continuamente; a qüintessência da vida está contida no osso.
Para muitos xamãs o meio de ascender do abismo do Mundo Subterrâneo é através da Árvore Cósmica ou do axis mundi. Esta árvore, símbolo de perpétua regeneração está no centro do universo. São três as zonas cós¬micas através das quais se deve viajar: o Mundo Subterrâneo, a zona intermediária, onde vivem os homens,através dos Céus. Pode-se viajar por estas zonas porque elas estão unidas por um eixo central, o axis mundi que passa através de uma abertura ou buraco. O eixo, ou a Árvore Cósmica, estão no centro do mundo, isto é, no local onde é possível uma ruptura de planos. Em princípio esta noção de centro é aplicada a qualquer espaço sagrado que tenha sido cenário de hierofaniaque, portanto, manifeste realidades (forças, figuras, etc) que não são deste mundo. Só o xamã consegue subirdescer através do eixo central, realizando a ruptura para outros planos, só ele transforma o conceito cósmico-teológico em experiência concreta. O que para o resto da comunidade permanece um ideograma cósmico, o mundo dividido em três zonas unidas pelo eixo central, para o xamã é um itinerário místico . Os xamãs não criam a mitologia, mas eles a interiorizamexperienciam, usando-a como roteiro. Neste itinerário, o xamã mapeia as regiões do Mundo Subterrâneo que percorre assim como elabora uma cartografia celeste. A Árvore Cósmica em inúmeras tradições, diz Eliade, se relaciona com idéias de criação, fecundidade, iniciação,finalmente, com a idéia de realidade absolutaimortalidade. A Árvore Cósmica é a árvore que vivedá vida. Árvore da vida, árvore do conhecimento, escada ou corda, entre as três zonas.
A ascensão dá ao xamã o poder de voar. A associação dos xamãs com pássaros ou penas é universal. O pássaro denota elevação, ativação, mudançavitalidade, lembra Halifax. O vôo traduz a inteligência, a compreensão das coisas secretas ? ou de verdades metafísicas, afirma Eliade. ?A inteligência”, lê-se em o Rig Veda (VI,9, 5), ?é o mais rápido dos pássaros?.
O vôo denota transcendêncialiberdade. Desejo de se livrar dos limitesse reintegrar à espontaneidadeà liberdade fundamental. Ele traduz, através da ruptura que provoca, a transmutação ontológica do ser humano . Aquele que se move à vontade, que voa, segundo Coomaraswamy, “está na condição de alguém que estando no Espírito não precisa mais se movimentar para estar em qualquer lugar”. (1)
O xamã voa por esporte ou pelo bem do espíritoesta sua habilidade ou encenação, denota uma realidade fundamental da psique humana. Examinando as imagens de vôo na literaturanos sonhos contemporâneos, Bachelard afirma que o vôo onírico é a “viagem dentro de si mesmo”, a viagem imaginária mais real que existe por engajar toda nossa substância psíquica. O vôo significa levezaé, antes de qualquer coisa, signo da imaginação dinâmica. Em relação ao vôo onírico as asas são já uma racionalização. O retorno à terra não é uma queda mas sim a prova da elasticidade. ?A gravidade é uma lei física diretamente humana. Ela está em nós, ela é um destino a ser vencido,o temperamento aéreo tem, em seu sonho, a presciência desta vitória ?. E é o próprio Bachelard que lembra Desoille, psicanalista francês, que utilizou a técnica do “sonho acordado” obtendo curas onde mesmo a psicanálise falhara. O tipo de ?Sonho Acordado? que Desoille mais recomendava aos pacientes era o de subir uma escada, uma montanha, enfim, fazer uma ascensão. Isto quer dizer que empregava certos símbolos que comportam, em sua própria estrutura, a idéia de “passagem”de “modificação ontológica”. Bachelard define esta técnica como uma forma da imaginação do movimentodiz serem paralelas a elevação da almaa sua serenidade. Na luzna elevação se forma uma unidade dinâmica.
Continua na próxima edição
NOTAS
1. Mircea Eliade, Shamanism, p.4.
2. ibid., p.3.
3. Mircea Eliada, Mytges, rêves et mystères, p.97.
4. Mircea Eliade, ibid. p.98.
5. Mircea Eliade, Shamanism, p.27.
6. Mircea Eliade, Mythes, rêves et mystères, p.104.
7. John Halifax, Shaman, p.12-16.
8. Mircea Eliade, Shamanism, p.265.
9. Mircea Eliade, Mythes, rêves et mystères, p.138.
BIBLIOGRAFIA
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Vênus de Tan tan – Marrocos, África 500.000 – 300.000 A.C. possivelmente uma das primeiras formas de representação humana
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