Others publications and sources

Others publications and sources

sds

Muitos de nós rolfistas ainda não encontramos a própria maneira de falar sobre o Rolfing. Alguns de nós, quando o fazemos, temos a fala impregnada com certo embaraço, timidez ou relutância. Diferente disso é o testemunho de Celso Nunes, nosso colega, que hoje residepratica em Florianópolis. Sem hesitações ou travas, ao contrário, com entusiasmogrande riqueza de imagensvivências sensoriais, ele expressa o conteúdo da própria experiência que o inspirou a tornar-se rolfista, quando já era um personagem importante no meio teatral. Para nós, o colega avançado é “também” diretor de teatro, mas sabemos que, no seu “outro” meio, é considerado “O” diretor de teatro.

A autora do livro biográfico de Celso, a brasileira Eliana Rocha, conta que o Rolfing entrou na vida dele como parte de seu processo de autoconhecimento, informação que, por si só, já seria suficiente para alguém se inspirar no seu depoimento. Mas o texto continua nos revelando como o Celso compara o trabalho do rolfista com aquele do teatrose admira do alcance que ambos podem ter para modificar o curso da vida de algumas pessoas.

O texto surpreende ao narrar a epifania que foi uma “experiência extraordinária” pela qual Celso passou ao ser rolfado para, em seguida, por meio de lindas matáforas, convidar aqueles leitores interessados nos fenômenos corpo/mente a procurar o Rolfing.

Dificilmente haverá alguém que, ao ler a biografia, não fique com gosto de “também quero” passar pela experiência de se submeter “a esse tal de Rolfing” que tanto impressionou o Celso ao atravessá-lo em sua jornada de vida.

A autora termina o capítulo revelando um projeto do Celso de empreender uma investigação acadêmica visando à livre docência, tendo como tema o Rolfing, que ele vê como um “processo que contém em si a possibilidade de cura”.

Monica Caspari

<img src=’https://novo.pedroprado.com.br/imgs/2009/1007-1.jpg’>

 

Em 1977 eu tinha 19 anos. Estudava engenharia na USPdançava no Teatro de Dança Galpão, o centro da dança paulistana. ‘Escuta, Zé!’ estava em cartaz à noite nessa mesma sala do Teatro Ruth Escobar. O espetáculo era um sucesso de públicocrítica, dessas unanimidades teatrais que faz tempo que a gente não experimenta. Tinha uma proposta inovadora, misturando dançateatro, dramaturgiapsicologia, a partir dos pensamentos de Willhem Reich, com depoimentos dos intérpretes. Rodrigo SantiagoMarilena Ansaldi, dupla talentosíssima, estava à frente de um elenco afinado de bailarinos. Eu viria a trabalhar com alguns deles mais tarde: Thales Pan Chacon, João Maurício, Yeta Hansen… Foi um dos espetáculos cujo encantamento pesou na balança na minha opção pela carreira artística.

O diretor era um tal de Celso Nunes, que já tinha me fascinado com seu ‘Equus’ alguns anos antes. Depois, quando eu já tinha abandonado a engenharia,  fui ver o trabalho especial da bailarina Juliana Carneiro da Cunha, contracenando com Fernanda MontenegroRenata Sorrah, nas ‘Lágrimas amargas de Petra Von Kant’. De novo, a direção era de Celso Nunes. Ele estava sempre presente nos sucessos do teatro  que repensavam corpodança nas décadas de 7080. Claro, pois Celso foi o precursor do teatro-dança no Brasil, com estágios “na fonte”, isto é, com  o diretor polonês Jerzy Grotowski.

Na década de 90 Celso encontrou outra paixão, comum aos leitores deste periódico: o Rolfing. Sossegou (será?)mudou  para Florianópolis, se bem que de vez em quando Celso sai da tocavolta para o teatro. Sorte do público carioca, que pode assistir a sua direção na  comédia “Estranho Casal”, de Neil Simon. Nossa colega carioca Katia Klajman escreveu recomendando… A tradução é de Gilberto Braga, os atores são Edson FieschiCarmo Dalla Vecchia,está em cartaz no Teatro do Leblon.

Obrigada, Celso, pelos lindos momentos que vivi como expectadora de tuas peças.

To have full access to the content of this article you need to be registered on the site. Sign up or Register. 

Log In