Uma entrevista com Hubert Godard
Por Aline Newton
Segunda Parte
Tradução: Hulda Bretones </center>
Hubert Godard: Com os meus dedoscom o trabalho de movimento: o objetivo é muito claro. Posso dar um exemplo: tenho visto muito frequentemente pessoas em processo psicanalítico sem fim,que, com o Rolfing, ao conquistar mais suporte no sistema gravitacional, dá um fim bem rápido aos infindáveis anos de psicanálise.
Aline Newton: O que você pensa que mudou?
Hubert Godard: O Rolfing deu o suporte necessáriocom isso, a força para lidar no nível emocional. Ir ao emocional não garante que você irá necessariamente eliciar a força da linha central. Mas se você chega na linha central ajuda muito. Para algumas pessoa isso não é suficiente. Você não chega na linha central porque tem muito história, muitos cortes, tem que ir através da psicoterapia. Mas isso não é muito frequente,muitasmuitas vezes estive com pessoas que tinham certeza de que o problema central seria trabalhado em psicoterapia, mas depois do Rolfing não havia mais problema.
É uma maneira de tirar o drama do corpo que é dramatizado um pouco demais, é assim que percebo. É mais forte do que pensamos. Se está faltando uma direção do corpo, se você não tem as duas direções, terra (empurrar)céu (alcançar), você terá um leque de questões psicológicas, de relação com outras pessoas, que estarão no mesmo nível. O que estou dizendo é que precisamos dos dois níveis, das duas direções, dois tipos de movimento ? movimento vindo do suporte (terra), que eu chamo de empurrarmovimento vindo de cima (céu), que eu chamo de alcançar.
Aline Newton: Então isso é neurológico? É movimento vindo de uma parte de um músculo ou outra parte do mesmo músculo ?o músculo não se movimentanado nas duas direções?
Hubert Godard: Sim, é o terceiro nível de duas direções, o primeiro nível é simbólico. É muito simples: se você pede para uma pessoa apontar para o céu, você verá que existem duas maneiras diferentes de se fazer isso: vindo do chãoe vindo de cima. Então, uma pessoa apontará para o céu com a pelve. Isso quer dizer que os músculos posteriores é que estão elevando o peito ? os eretores estão trabalhando através da pelve. Tem um ponto fixo na pelvea restriçãoo dos músculos eretores irá levar o peito em direção ao céu,a pessoa consegue apontar para ele. Para o outro é exatamente o oposto: o ponto fixo é o pescoçoentão o mesmo movimento do peito virá sem qualquer tensão entre pelvepeito. Então, essa pessoa irá apontar para o céu sem qualquer contração da linha posterior. Existem muitas maneiras de se pesquisar isso: se você pedir para duas pessoas pularem (uma que seja preferencialmente orientada espacialmente – reach-person,outra que seja preferencialmente orientada pelo chão – ground-person),você tocar no peito delas, ajudando no impulso para cima, para uma delas você irá duplicar ou triplicar o salto, mas para a outra, sua ajuda irá diminuir o salto. E se eu pego as mesmas pessoasempurra-as gentilmente para baixo tocando em seus ombros, a pessoa que ficou paralisada pelo levantamento de repente começa a pular feito louca,a outra, que era uma reach-person (orientada espacialmente), se eu a empurro levemente para a terra, de repente não consegue mais pular. É tão óbvio quando você faz essas experiências, é como um choque.
Aline Newton: Isso é um estilo com o qual você nasce, ser mais reach-person ou push-person?
Hubert Godard: É difícil dar uma resposta definitiva. No começo eu pensava que era algo relacionado ao processo edipiano, as relações que você tem quando é criança, mas quanto mais eu vejo as crianças bem pequenas (bebês), vejo que elas já têm uma tendência, que eu diria, estava no core. Para mim, ter uma linha central significa ter duas direções disponíveis na linha central,muitas pessoas têm uma tendência por uma ou outra direção. O alcance das duas direções eu denomino de Édipo funcional, o que significa ter a triangulação. Estou numa relação com duas direções, não apenas uma. Assim, para ir na sua direção eu não tenho que empurrar a parede atra?s de mim ? outro exemplo é aquele dos corredores Carl LewisBen Johnson, Lewis é um puro reach-personJohnson é um puro push-person.
Aline Newton: Quando você trabalha com alguém, você trabalha para desenvolver a outra parte do movimento?
Hubert Godard: Sim, mas primeiro eu devo dar suportereforçar o que eles têm. Assim, se elas são pessoas mais orientadas para o suporte, irei para cima através do chão. Se são mais orientados para o espaço, irei em direção ao suporte a partir do espaço.
Aline Newton: Então você usará o que eles já conhecem?
Hubert Godard: Um exemplo disso é a diferença entre AlexanderFeldenkreis. Eles estavam sempre fazendo o mesmo tipo de exercício: levantar de uma cadeira, sentar; mas o ponto de referência para Feldenkreis era o chãoa pelve, sempre;para Matthias Alexander era o pescoçoo peitoa direção para cima. Mas você precisa das duas direções para ter uma linha,para lidar com a vida também. Às vezes, você precisa tirar pessoas do seu caminho,outras vezes você tem que sair (se retirar). Ter a capacidade para a lutaa fuga, as duas. O comum é você ou ser mais de luta ou de fuga. Se você só é ?para cima? você não tem chão,não consegue empurrar as pessoas. E aí, se alguma coisa não vai bem, você foge, muda de área. Se você é pusher (impulsor) ? mais orientado para o substrato ? você tende a ficar fixado na estrutura, no substrato,mudar as coisas ao seu redor. Assim, ao invés de se movimentar, você muda as pessoas para que elas se adaptem a você.
Aline Newton: E estamos tentando desenvolver a habilidade de termos as duas orientações, sempre que precisarmos?
Hubert Godard: Sim,então, se você está sentado numa cadeiratem alguém à sua frente que é um inimigo,tem que afasta-lo, você precisa trabalhar na maneira do Feldenkreis, mas se, sentado, você quiser beijar alguém, é melhor faze-lo no estilo do Alexander.
Aline Newton: Algumas vezes nós falamos sobre isso como se fosse uma questão de escolha entre esse ou aquele estilo, mas no movimento queremos manter o contato ou relação com as costas (direção atrás) enquanto nos movemos para frente, nós não queremos perder a segunda direção.
Hubert Godard: Eu penso que ter duas direções é a lei do sistema nervoso. Por exemplo, o que significa um músculo estar bem integrado no corpo? É muito simples: é a possibilidade do uso da ação distalda proximal, as duas estarem acessíveis. Mas, o que é mais frequente num músculo é a função nervosa acontecendo sempre a partir do mesmo ponto, ou distal ou proximal.
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Aline Newton: Você pode dar um exemplo?
Hubert Godard: Sim, algumas pessoas iniciam a caminhada pelas pernas,as pernas estão puxando seu tronco, que usa o ligamento distal do psoas. Para outras é o oposto: a parte superior dos seus corpos estão mais a frente, então é o tronco que puxa as pernas e, portanto, o ponto que dá suporte é o proximal. Ou então você pode ver quando alguém está rolfando: se ele(a) começa o movimento por uma abdução dos braços é ao bíceps que falta uma direção, pois o bíceps é o abdutor mais potente, 20% nas pessoas em geral. Se o cotovelo está fixoo bíceps inicia o trabalho, é muito comum a pessoa só conseguir mover a mãoo braço para o toque abduzindo. Podemos dizer o mesmo para os isquiotibiais: se você quer alongar os isquiotibiais, a chave é usar as duas orientações (céuterra). Você pode lutar toda sua vida com seus isquiotibiaiseles jamais alongarão, mesmo que você faça alongamentos duas horas todos os dias; se você não tem os dois sentidos no sistema nervoso, o trabalho distalo proximal, o alongamento não é possível.
Simbolicamente significa ter as duas orientações, para cimapara baixo. Os isquiotibiais podem alongar porque existe um movimento para baixoum movimento para cima. Ou seja, com as duas orientações você pode liberar os isquiotibiais. Mas se em termos de trabalho neuromuscular você tem apenas a ação distal ou proximal, você sempre retornará para a compressão.
Aline Newton: A receita da IE – Rolfing trabalha para desenvolver a ação muscular proximaldistal?
Hubert Godard: Sim.
Aline Newton: Você acha que o Rolfing é mais orientado para cima ou para baixo?
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Hubert Godard: Acho que a teoria do Rolfing é mais avançada que a teoria do Alexander ou do Feldenkrais porque trabalha com as duas orientações.
Aline Newton: Algo mais que gostaria de falar?
Hubert Godard: Gostaria de dizer que não é tão fácil falar sobre movimento como é sobre estrutura. Para falar sobre estrutura, posso fazer um desenho, posso falar sobre tudo do suporte para cimaposso fazer uma equação. Quanto ao movimento, você não pode coloca-lo numa equação porque assim que o movimento surge, a intenção é um fator. Ao mudar a intenção muda-se o corpo. Isso quase sempre significa que num certo nível você não pode prescindir ter habilidades com questões psicológicas. Você pode mudar a estrutura de um corpo, mas se você não mudar a relação desse novo corpo com as pessoas, se você mantém o padrão psicológico antigo, a antiga estrutura voltará. É a relação com o mundocom as outras pessoas o que faz meu corpo ser do jeito que é. É claro, com frequência, ser rolfado elicia uma mudança na relação com outras pessoas. Mas quando dou um novo input no trabalho estrutural, eu gosto de mostrar à pessoa, imediatamente,assim ela fica ciente, que esse input irá mudar a relação com as outras pessoas.
Aline Newton: Como você faz isso?
Hubert Godard: É muito simples: eu peço a ele(a) para irvir, voltar ao padrão antigovir para o novo,ao me colocar à frente dele(a) eu pergunto quais são as mudanças para ele(a) na relação comigo: ele(a) se sente mais fraco(a), mais forte? Dessa maneira podemos fazer um link entre as relações do dia-a-dia de sua vidao trabalho estrutural.
Aline Newton: E isso junta as duas coisas dentro dele(a)?
Hubert Godard: Tenho visto com frequência as pessoa ficarem atoladas no nível psicológico: você rolfaentão eles têm uma nova estrutura, mas depois voltam para casa e, frente à mulher ou outra pessoa qualquer, eles estão tão acostumados com o mesmo tipo de relação que logo a estrutura antiga está de volta, no mesmo lugar, se você não alcançar o nível intrínseco. Se você é um super Rolfista, um Rolfista fantástico, você iria chegar no intrínseco com o Rolfing, mas o resto de nós… Isso significa que não é fácil falarescrever sobre movimento, mas é muito fácil vivenciá-lo. Quando você trabalha com as pessoasvocê vive o movimento, imediatamente isso faz sentido, mas não é tão fácil quanto falar sobre estrutura. Eu levei muitos anos ? desde que fui rolfado,nos últimos cinco anos eu comecei a ter de fato uma teoria do movimento, mas isso me custou 20 anos, trabalhando feito louco com movimento,é exatamente assim ? o melhor tesouro do mundo está na receita. Faz todo o sentido em termos de movimento.
Aline Newton: Tenho a esperança de que seja seu primeiro artigo: o sentido da receita em termos de movimento.
Hubert Godard: Para mim tem o mesmo objetivo, embora eu não tenha exatamente a mesma explicação, em termos de movimento, do porque é tão importante fazer a primeira sessão na região do peito, etc., mas faz muito sentido.
Aline Newton: Você fala sobre esse assunto de um ponto de vista bem diferente do de todos os outros, a importância da parte superior do corpodo centro de gravidade superior.
Hubert Godard: Se você pensa só em termos do trabalho estrutural, irá pensar que existe a gravidadeo enraizar ? é isso. Você responde à gravidade a partir do substrato, o que não é verdade em termos de movimento. Então, para mim um dos principais problemas no aprimoramento da estrutura é provocar uma mudança nas dorsais , digamos em torno de T4, T5, o que significa ter o início do movimento intrínseco no peito. Isso vai mudar a forma como a gravidade cai, como o tronco cai na pelve: Se você tem o centro de gravidade do peito, que fica ao redor de T4, um pouco à frente da linha entre as cabeças dos fêmures, você usará os músculos que levam à rotação interna: suas pernas rodarão internamente. Mas se esse mesmo ponto estiver um pouco mais atrás da linha que liga a cabeça de cada fêmur, a única maneira (de se colocar em pé) é você ficar com as pernas viradas para fora. As cabeças dos fêmures estarão em rotação externa. Em outras palavras, há um problema estruturaloutro simbólico, porque o relacionamento com o espaço não é tão aberto. Vamos dizer que você pergunte para algumas pessoas, “o que é um salto para você?” Alguns dirão que saltar é ir longe do chão,os outros vão dizer que saltar é ir mais perto do céu. Este é o simbólico. Trabalhando com a psicanálise, fizemos um grande link entre os dois. Por exemplo, se o papel do pai não foi bem feito, muitas vezes será bem trabalho, duro, ter ou conquistar a orientação para o espaço, para cima.
Aline Newton: Verdade que é assim simples a correlação?
Hubert Godard: Não, não assim diretamente, acontece de fato no nível simbólico.
Aline Newton: Mas você ainda pode trabalhar com ele, não através da conversa sobre a relação, mas desenvolvendo a orientação para cima em seu próprio corpo?
Hubert Godard: Sim. Nós acompanhamos isso com psicanálise, trabalhando na orientação para o espaço com uma criança. Muito simples, pegue uma barra fixaas pessoas tem que atravessar pulando a barra. Para alguns é muito difícil, para outros, muito fácil. Para alguns não existe nada acima, simbolicamente, então, se eu alcanço, o que é que estou alcançando? Desde que não há nada, para ir para cima tudo o que consigo fazer é empurrar o chão. Para outros, subir aqui é imediato, mas algumas vezes lhes falta as raízes (suporte), o enraizar. Então, o que queremos é ter os dois, o que significa ter uma linha central,ter trabalho intrínseco,porque os músculos intrínsecos precisam das duas orientações para trabalharem corretamente, o sistema nervoso distalproximal trabalham.
Aline Newton: Eu me recordo de que quando estava aprendendo a receita, as pessoas diziam que o motivo pelo qual Ida não dava muito atenção aos braços,que não há muito trabalho de braço a se fazer,nós realmente não sabíamos o que fazer com eles, era porque eles não eram de fato componentes gravitacionais, então não eram importantes.
Hubert Godard: Isso é algo importante para mim. Porque estão livres da gravidade, os braços estarão cheios de emoção. Com a evolução filogenética, você não precisa mais dos braços para caminhar. Mas a liberdade que ganhamos da gravidade perdemos com a emoção, que é o reflexo de agarrar do bebê, toda a tensão. Se você liga um eletromiógrafo por todo o corpo de alguémfaz uma pergunta embaraçosa, o primeiro registro de tensão irá aparecer nos braços. Se existe uma articulação psíquica no corpo ela é a gleno-umeral. A articulação gleno-umeral revelará muito sobre onde está a pessoa no nível psíquico. Nessa articulação, os músculos fazem o papel dos ligamentos ? que são muito mais frágeis. O problema psíquico no corpo será o braço: como eu toco as pessoas, como aceito ser tocado, como meu peito se move quando estou próximo de alguém, ou como não se move, como meus braços me impedem de ser profundamente tocada, o que significa ter movimento ao redor de T4,assim por diante. E isso faz a diferença, se você está trabalhando mais com movimento, eu penso que o peitoos braços serão mais o problema central, ao passo que ao trabalhar mais estruturalmente, o foco principal será a pelve. Mas em termos de movimento, todos os seus desejos, todas as suas inibições estarão nos braçosno peito.
Aline Newton: Então você está dizendo que o que conquistamos em termos evolutivos ao liberar os braços, nós perdemos em estabilidade? Aumentamos nossa tensão. Quando você diz que perdemos no emocional, eu não entendo completamente o que você quer dizer.
Hubert Godard: Se o bebê está agarrando sua mãe, um dia ele terá que renunciar a isso, ser autônomo, o que significa ter músculos intrínsecos trabalhando. Mas todo o medo residual nesse medo de estar só, ser só ? que é a lição da vida, aprender a estar só, ser só ? se você ainda está preso, isso se dá através dos braços. Você pode usar a linguagem, mas toda a linguagem que temos será sustentada pela primeira, que era a linguagem do tato com a mãe. Como a primeira linguagem foi estruturada ? ela tem uma estrutura, como a linguagem real,essa estrutura psicológica é o contato: como posso aceitar ser tocadocomo posso aceitar tocar as pessoas, em termos de corpoem termos de…
Aline Newton: Faz sentido que no Rolfing quando então quando você trabalha com essas coisas, você está de fato alcançando muito profundamente, sem necessariamente precisar falar sobre a questão, mas você está trabalhando com nossa organização básica.
Hubert Godard: Se eu voltar para a biomecânica, faz sentido o fato de qualquer tensão nos braços empurrar o centro de gravidade do tronco ou para frente ou para trás da linha das cabeças dos fêmures. Então podemos dizer que a maneira que agarro minha mãe,a maneira que aceito o estar só já irão me fazer voltado para fora ou voltado para dentro.
Aline Newton: Essa parece ser uma maneira completamente diferente de olhar para isso: a noção de que organizamos nossos corpos a partir dos nossos braços em oposição à noção de organiza-los a partir do substrato.
Hubert Godard: Sim, em termos de relação são os braçoso peito, em termos biomecânicos é a partir do substrato,nós estamos entre os dois, nós estamos no meio, entre a relaçãoa resposta à gravidade através do substrato. Para mim, no mesmo nível, nós temos duas cinturas,uma cintura é mais orientada em direção à gravidadeà resposta através do substrato;a outra é mais organizada através do movimento com as pessoas do ambiente, que eu denomino de orientação para cima (para o espaço).
Aline Newton: Esse parece ser o desenvolvimento principal na maneira que estamos olhando para os corpos enquanto estamos rolfando, ver de fato a importância dos braços.
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Hubert Godard: Essa é a razão pela qual você não irá alcançar a linha central se você toca alguém de uma maneira extrínseca.
Aline Newton: Se eu estiver extrínseca em meu próprio corpo?
Hubert Godard: Digamos que se o seu peito não estiver bem organizado, quando você rolfa alguém, você não estará livre. E porque você não está em sua própria linha central, você terá grande dificuldade de alcançar a linha central de outra pessoa. Assim, um dos problemas principais de um Rolfista é estar em sua linha central quando estiver rolfando. Não é fácil. É o que eu chamo de toque-gama. Você não consegue tocar alguém pelo ?gamma loop? se não estiver disposto a se trabalhar.
Aline Newton: Então você está tentando fazer com que sejam algo?
Hubert Godard: Isso é muito poderoso. Alguns neurologistas muitas pesquisas complexas para tentar mover o bebê no ventre da mãe: eles chama isso de toque-gama.
Aline Newton: O toque-gama envolve usar certa parte do seu cérebronão outra parte? É menos cortical?
Hubert Godard: Eu penso que a intenção não vem do córtex; claro, o córtex tem uma imagem do que você quer fazer quando você toca alguém; mas se você começa a ficar mais no extrínseco, sem ter a linha viva, aí, nesse momento, já existe um toque afetivo: você quer algo de alguém. Mas se você se mantém na sua linha central, cada vez que você trabalha com musculatura extrínseca, a mensagem irá diretamente de uma linha central para a outra. Se eu estiver apenas no nível intelectual ou cortical querendo mover a pelve para frente ou para trás, perderei uma das partes mais importantes do corpo, que é ser eu mesmo na minha linha central quando estou trabalhando. Isso pode parecer apenas um jogo de palavras, mas quando você faz, como no workshop, imediatamente você é capaz de ter uma noção do que é isso.
<i>Artigo primeiramente publicado no “Rolf Lines” 1992 – Edição de inverno. </i>
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