Função Tônica – Parte I

Um modelo de resposta à gravidade pelo Rolfing Estrutural e Integração pelo movimento.
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Pages: 2-6
Year: 2002
Associação Brasileira de Rolfing

Rolfing Brasil – ABR

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Um modelo de resposta à gravidade pelo Rolfing Estrutural e Integração pelo movimento.

Sumário:
O autor resume os princípios fundamentais da teoria da Função Tônica do rolfista francês, Hubert Godard.

Parte I

O modelo da Função Tônica enfoca a resposta da gravidade no corpo humano como um princípio unificador para o que se tem chamado de movimento intrínseco. Este princípio é um meio de distinguir mais o que é único no Rolfing Estruturalna Integração pelo Movimento. Os fatores que afetam a resposta da gravidade podem ser identificados com o propósito de esclarecer como o trabalho dos rolfistas evoca o movimento intrínseco. Mais adiante, o modelo pode ser usado para ajudar a organizar como o Rolfing Estruturalo Rolfing Integração pelo Movimento é ensinado.

“Os rolfistas estudam durante a vida toda a relação dos corposseus campos com a Terraseu campo gravitacionalorganizam os corpos de tal modo que o campo da gravidade possa reforçar o campo energético do corpo. Este é o nosso conceito primário.”
Dr. Ida P. Rolf

Tema Gravidade:

A fundadora da Integração Estrutural, Ida Rolf, enfatizou a importância da gravidade considerando a evolução do potencial humano. Ela concluiu que a importância de compreender a gravidade foi o que faltou na osteopatia.

Através das respectivas histórias, as artes marciais, Tai Chi, Yoga, teoria da dança,outras escolas de movimento, mencionaram como otimizar o relacionamento do corpo com a gravidade. A relevância da gravidade no Rolfing Integração Estrutural é expressa mais freqüentemente ou como alinhamento, levando à acomodação econômica para com a gravidade, ou em termos de novas mudanças estruturais, através da ação da gravidade; conforme ela age numa estrutura mais integra. Historicamente, o Rolfing Integração pelo Movimento tem enfatizado estratégias relacionadas com a gravidade, permitindo que ela conduza o trabalho – por exemplo ? permita que a gravidade alongue a rede fascial?, ?permita que o chão o levante para cima?. Este último efeito é inexplicado, mas efetivamente a idéia é amplamente compartilhada entre os especialistas em movimento. Será que essas idéias representam plenamente o significado da gravidade? Eu penso que não. Embora Dra Ida Rolf não fosse a única que apontou isso, o ponto de vista do Rolf Institute da importância da gravidade é ainda pouco comum na educação do corpono campo da terapia.

Nós não sabemos exatamente a visão que a Dra Ida tinha, mas ela freqüentemente a expressava em termos do relacionamento humano com o campo gravitacional. Ao tentar fazer sentido na insistência dela com este ponto fundamental, nós podemos examinar isso através da física ou metafísica. Nós também podemos olhar do ponto de vista biológico ao examinar a gravidade como um fator fundamental por influenciar a fisiologia das criaturas que vivem no campo gravitacional. Na tentativa de propor um modelo básico para o Rolfing, a abordagem da gravidade-biologia encaixa bem por encontrar uma coerência entre as idéiastécnicas que os rolfistas dominam para serem competentes.

Por que ter um modelo?

As idéias aqui apresentadas são na maioria derivadas do trabalho de Hubert Godard.

Muitos rolfistas já conhecem alguns dos seus conceitosobservações. Este artigo enfatiza porque este material parece importante, não só pela disciplina de ler mudanças de função nos clientes, mas ainda mais importante como uma teoria que ilumina as dificuldades que temos ao definir o Rolfing. O âmbito do Rolfing é muito complexonossa missão de explicá-lo ao mundo, não é simples. Aqueles que resolveram fazer a formação em Rolfing experimentaram o processopor terem vivenciado, acreditaram na sua eficiência. Mas eles enfrentam o desafio de expressar sobre o Rolfing para o mundo como praticantes.

Qual é a melhor maneira de ensinar o Rolfing aos estudantesentão descreve-lo para o mundo?

O modelo de Godard tem demonstrado esclarecer para alguns de nós esta complexidadeao mesmo tempo, nos deixado firmes no âmago da ideologia do Rolfing: A gravidadeos princípios lógicos da receita.

Este trabalho é sobre a gravidade.

A formação original de Hubert Godard é em Química. Ele se tornou um dançarino, depois professor de dançapor último professor dos professores de dança. A responsabilidade de ensinar professores é um desafio que inclui articular muito claramente por que certos trabalhos técnicos funcionam. Eu penso que esta história de Godard responde em parte porque é tão útil. Além disso, é testado nas competições mundiais de apresentação de dançano trabalho de reabilitação num hospital da Itália. A disposição de Godard de buscar a base fisiológica da teoria do movimento, lhe permite desmistificá-la em parte. Boa parte permanece misteriosa porque tem muita coisa que ainda não sabemos sobre o controle neural do movimento.

A teoria do movimento fundamentada na fisiologia ou na física não é necessária ser ensinada para os clientes. Contudo, conceber um currículo para pessoas que vão lecionar a estudantes ou professores, uma tarefa que envolve debate teórico, torna-se mais racionalefetivo quando o trabalho tem alguma base na ciência. Se o ensino deve ir além de lecionar técnicas, se queremos que nossos estudantes sejam capazes de criar novas técnicas conforme as situações que surgem, o ensino deve enfatizar mais os princípios que as técnicas.

Função ideal:

Antes de considerar a gravidade, é importante perguntar quais são os objetivos do Rolfing Estruturalda Integração pelo Movimento. Nossos métodosnosso modelo deveriam refletir nossos objetivosvisão. Uma discussão dos nossos objetivos deveria levar a uma descrição de um funcionamento ideal.

Do ponto de vista de um dançarino, atleta, ator, ótima função inclui ser capaz de rapidamente adaptar-se às mudanças necessárias aos movimentos. Isso também inclui ser capaz de saltar sem grande esforço aparente. Numa apresentação, nós avaliamos a capacidade de executar movimentos precisos, com competênciaqualidade estética.

Para o cotidiano, os objetivos são mais simples: estar livres de dores, mover-se com prazersem esforço, recuperar-se com rapidez em caso de cansaço. Em qualquer desses exemplos nós como terapeutas corporais afirmamos que uma melhora na função é importantepossível.

Nós baseamos esta melhora na função em certos princípios para os quais não existe um consenso, mas geralmente inclui o que se segue: mínima rigidez no corpo, eficiência nos movimentosforça adequada, locomoção sutil (isto é, quando é difícil perceber que os músculos estão fazendo no movimento), movimento funcional contra-lateral na marcha, uma livrecompleta respiraçãoassim por diante. Todo mundo tem seu jeito de descrever uma boa função, mas não existe o jeito certo do movimento; em cada situação existem desafios para os quais cada corpo deve reagiradaptar-se. A maiormais livre capacidade para adaptação constituem um critério geral para o movimento bem sucedido. Esta capacidade pode ser definida mais exatamente em cada movimento específico em cada situação. O foco crítico deste artigo, porém, o foco aqui se baseia a capacidade adaptativano movimento bem sucedido.

Gravidade:

Geralmente o movimento não bem sucedido é o movimento que acontece com pouco ou nenhuma capacidade para usar o controle de sistema gravitacional do corpo. Quando o sistema de controle do movimento reage automaticamente à gravidade ou para as circunstâncias que minimizam a gravidade ele o faz de forma tão mais econômica, eficienteprazerosa do que quando é puro controle voluntário. Certamente não é um assunto simples ajudar as pessoas a encontrar estas respostas automáticas. Freqüentemente temos sucesso em obter pequenas mudanças no funcionamento através do uso de uma combinação de análise estrutural, manipulação estrutural do tecido mole, visualização, trabalho de respiração, prática de movimento, negociação verbal, rapportassim por diante. Esses vários fatores, quando vistos da perspectiva que afeta o controle da gravidade, nos oferecem uma maior clareza do porque eles são instrumentos efetivos.

O ponto de entrada para uma discussão sobre a gravidade é reconhecer que os seres humanos evoluíram como criaturas sensíveis à gravidade. Quando nascemos, deixamos um ambiente fluidoentramos num ambiente onde estamos numa orientação para cimapara baixo com referência ao campo gravitacional da Terra. Estamos preparados para negociar este novo mundo porque temos dentro de nós um sistema complexo de controle que reage à gravidadenos permite orientação, movimentoassumir posturas.

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O relacionamento imediato com a gravidade dever ser negociado em paralelo com a relação com a mãe. Assim, a resposta da gravidade torna-se inevitavelmente ligada com a mãe. Os dois estão extratificados conjuntamente. Como Bonnie Cohen diz: Os nervos se mielinizam na ordem de importância para a sobrevivência Os nervos vestibulares são o primeiro par de nervos a se mielinizar de todos os nervos cranianos. O fato dos nervos vestibulares começarem a mielinizar primeiro indica que eles desempenham a primeira função essencial para a sobrevivência. Antes da necessidade de registrar o toque na cabeça, sabor, cheiro, escutar ou ver. Antes de nos orientarmos para a nutrição, primeiro nos orientamos para o movimento no campo gravitacional.

A base de todos os movimentosorientação são controlados por uma parte do cérebrosistema nervoso que são dedicados a manter a postura ereta mesmo quando esquecemos de pensar sobre isso. A resposta gravitacional é o primeiro desenvolvimento sensórioisso está sempre invisivelmente, presente em qualquer coisa que façamos.

Por exemplo: quando de pé lhe pedem para levantar o braço à sua frente, quais são os músculos que seu corpo contrai primeiro? Os músculos que controlam o movimento do braço não são aqueles que se contraem primeiro, mas aqueles músculos do tornozeloperna que antecipam a necessidade de equilibrar a mudança do centro de gravidade que irá resultar no sentido de estender o braço. Isso demonstra que o movimento em relação à resposta à gravidade é formado antes de movermosque não pode ser mudada pelo controle voluntário direto. Somente pela mudança da percepção, emoção ou o significado da situação nós podemos mudar a resposta da gravidade. Nós não podemos aprender imitando um modelo de ideal movimento para mover de um jeito ideal. A forma do movimento certo depende da construção de cada umdo jeito de cada pessoa sentir seu corpoo espaço circundantedo jeito que cada um categoriza a situação.

Todas as respostas que buscamos enquanto praticantes da Integração Estruturalde Movimento estão ligadas à relação da gravidade. A relação entre gravidadefuncionamento ideal foi realçado no lindo uso do conceito de palintonicidade. TerraCéuo sentido de duração em duas direções; o corpo como um evento energizado por essa polaridade. Mas como baseamos as linhas palintônicas em Fisiologia / Cinesiologia? Creio que algumas das reações mais críticas ao cenário palintônico são um apelo por mais especificidadeum alinhamento com a linguagem científica comum.

A Fisiologia relevante:

Como a resposta da gravidade opera no corpo humanocomo os diversos aspectos da Integração Estruturaldo Movimento se relacionam à resposta da gravidade?

Um dos primeiros conceitos que devemos compreender é o reflexo do alongamento. O tônus nos músculos que nos mantém eretos é mantido através do controle cerebral superior. Os receptores do alongamento monitoram o tônus ao captar a mudança na extensão da fibra. Os receptores do alongamento são de muitos tipos diferentes. Em seu artigo ?A Influência Potencialmente Prejudicial do Input Somático?, Keith Buzzell descreve um vasto arranjo de receptores do alongamento que fornecem um continuum de informação para a medula espinhal, informação relativa não só a quanto, mas com que velocidade os músculos são alongados,com que aceleração. (Os órgãos de Golgi foram intencionalmente excluídos dessa discussão, no sentido de focarmos nos aspectos do sistema da gravidade que se ligam a função cerebral.) Este sistema de feedback (retroalimentação) pode ajustar o tônus nos músculos sem nossa percepção consciente.

A antecipação do movimento já é um movimento. A antecipação do movimento é uma tarefa classificada pelo cerebelo como reação ao input de outras partes do cérebro. Então é controladomonitorado nos músculos através de receptores de feedback. No exemplo acima, a intenção de mover o braço diz ao sóleos para contrair. Se levamos o exemplo adiante, como essa contração do sóleos afeta o corpo todosua qualidade de movimento? Aqueles músculos com uma quantidade relativamente maior de receptores do alongamento (fusos) são tônicos na função. Músculos tônicos são capazes de queimar oxigênio de forma mais eficiente que os músculos fásicos, o que lhes permite trabalhar lentafirmemente por longos períodos de tempo. Além disso, eles têm uma função de controle sobre os músculos fásicos. Eles coordenam o trabalho dos músculos fásicos. O sóleos vai exercer uma função regulatória sobre o tibial anterior, o hamstring vai exercer uma função regulatória sobre o quadríceps. Os músculos tônicos regulam porque estão mais densamente dotados com receptores de alongamento. Como resultado eles podem diferenciar níveis sutis de contração em si mesmosem seus antagonistas. A contração no antagonista fásico vai produzir uma reação muito precisa no agonista tônico. Quando o sistema de controle de resposta à gravidade organiza o movimento, o maior número de fusos dos músculos tônicos torna-os mais bem equipados para receber o controle da informação.

Além disso, os músculos tônicos têm a capacidade de influenciar o limiar de excitação do reflexo do alongamento no corpo todo, com graus variados, ao influenciar o nível de carga na medulana formação reticular. Se o limiar é alto, o corpo ficará mais suave. O laço do feedback funciona em ambas as direçõestem o potencial de ser positivo: alta carga na medulana formação reticular torna o reflexo do alongamento mais sensível, o que por sua vez pode ser mais provocado para eliciar carga mais alta; carga mais baixa torna o reflexo do alongamento menos sensível,ao eliciar mais alongamento pode continuar a baixar a carga.

?Reação de reflexo reduzido?, ?reação de reflexo aumentado?, ?mais suave??mais firme? não são descrições de estados inerentemente bons ou ruins. São antes descrições da capacidade do corpo de se adaptar rapidamente às circunstâncias cambiantes. Quando essas adaptações são econômicas, o resultado é a integração. Adquirir a capacidade de recrutar a reação necessária é nossa meta. Por exemplo, ao ensinar a um cliente com hamstring muito tenso a permitir o alongamento da coluna, a perna esticada pode ser trazida para perto do rosto. (Este exercício de alongamento do hamstring é uma demonstração impressionante usada por Godard para ilustrar este ponto). Neste caso os músculos tônicos da espinha são soltos, criando uma baixa generalizada da sensibilidade do reflexo do alongamento. Em conseqüência, os hamstrings podem alongar com muito menos resistência. (A formação reticular foi de fato influenciada pelas mensagens dos músculos densamente agrupados da espinha,também, pelo córtexpelo sistema límbico que interpretam as sugestões sensoriaiso sentido de direção como um sinal para acalmar o tônus geral do corpo.) Quando um conjunto de músculos tônicos solta, outros músculos são capazes de soltar mais facilmente.

Quando testando o reflexo da patela num voluntário sadio, se ambas as mãos pressionam numa contração isométrica o reflexo deve ser mais rápidoforte. Músculos tônicos que são mantidos firmes podem facilitar contração mais rápidaforte em outros músculos.

Em ambos os casos descritos acima, existe implícita uma hierarquia de controle cinesiológico. Além disso, em ambos os casos a situação afeta a formação reticular ao assinalar para as funções cerebrais superiores para captar a necessidade de ação ou repouso. Mais adiante falaremos mais sobre o alongamento da coluna.

Existe uma segunda forma de usar a resposta da gravidade. Há duas categorias de neurônios motores que podem inervar músculos: neurônios motores alfaneurônios motores gama. Os neurônios alfa são controlados de duas formas: através do controle voluntário diretoatravés do controle indireto via neurônio motor gama, ou como aquilo que é conhecido como o laço gama (gama loop). No final das contas quem faz o trabalho são os neurônios alfa, é importante que este ponto fique claro. Contudo, o controle voluntário direto pelo córtex é muito diferente que o controle indireto através da estimulação gama dos fusos nos pontos de feedback muscular. (Godard salienta que um muito pequeno percentual do número total de neurônios alfa são empregados para inervação motora. Muito mais neurônios alfa estão envolvidos em interpretarprocessar a informação. Essa observação relativa à função dos neurônios alfa é importante no que concerne a maneira como ensinamos o movimento. Para melhor usar o sistema alfa, dirigimos o cliente no sentido de perceber a sensação, ou sentir a direção, em vez de imitar uma forma que elicia reação motora alfa primária.).

O movimento de iniciação do gama loop acontece quando um movimento é concebidoexecutado no cerebelona medula como resultado da reação do corpo para a orientação espacial. O neurônio motor gama usa o mesmo mecanismo de receptor de estiramento para realizar a contração conforme ocorreria no caso de alongar os spindles nas fibras interfusal, mas faz isso diretamente de uma contração do spindles estimulada neurologicamente. Quando o neurônio motor gama está acionado, os spindles contraem, alongando a terminação anuloespinal circundanteacionado o reflexo embora o músculo não tenha sido alongado.( O ânuloespinal é alongado num reflexo de estiramento normal quando o músculoseu spindles adjacente estão estirados.) Assim a resposta à gravidade de feedback muscular pode ser utilizada numa situação onde manter-se ereto ou em repouso pode não ser o problema se o músculo não foi alongado.

Na situação de controle direto (somente alfa), existe uma experiência de esforçoem algum momento a fadiga.

No loop indireto gama existe pouca experiência de esforçofadiga. Do mesmo modo como não sentimos a contração do sóleos para nos mantermos ereto. Eventualmente o sóleos vai cansar mas não vamos sentir isso muito.

Além disso, a inervação muscular do loop gama mais efetivamente desativa a atividade antagonista. Ou seja, o músculo que se opõe à ação intencionada é acalmada quando o sistema gama entra em ação. Ou para dizer o oposto, quando o córtex cerebral controla o movimento freqüentemente existe resposta antagonista desnecessária. Dessa forma, mais esforço é utilizado que é contra-produtivo para a ação intencionada.

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Um exemplo bem conhecido é o braço ?que não pode ser dobrado?: Um voluntário mantém seu braço firme com sua mão no ombro do testador. Lhe é dito para não dobrar o braço conforme o testador aplica força para baixo. O braço não pode resistir a se dobrar. Quando é dito ao voluntário para alcançar a parede atrás do testador, o braço é mais fortepode facilmente resistir a ser dobrado.

Godard utiliza a eletromiografia para demonstrar isso, no primeiro caso quando o voluntário está usando esforço para manter o braço firme, o bíceps (nesse exemplo o antagonista está envolvidoativo, assim como o tríceps agonista). A ação é inadvertidamente sabotada pelo músculo antagonista. No último caso, um impulso de alcançar não eliciou o antagonista, resultando em maior efetividade. O sistema motor gama está posicionado como sendo responsável pelo uso mais efetivo dos músculos. O loop gama está ativado porque o córtex delega a função para a parte de orientação espacial do cérebro que por sua vez, emprega o loop gama para ativar o sistema motor alfa.

DIAGRAMA DO MÚSCULO SPINDLE DURANTE A CONTRAÇÃO ALFA DO MÚSCULO, CONTRAÇÃO DO LOOP GAMA DO MÚSCULO E ALONGAMENTO DO MÚSCULO

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Nesse diagrama simplificado, três condições de contração muscular estão ilustradas.

A?mostra o músculo sendo estirado levando ao estiramento do spindles, o que por sua vez, amplia o envelope da terminação anuloespiral. Essa condição vai precipitar a estimulação neural, alfa do músculo. Esta é a ação do reflexo de estiramento.

B-mostra a estimulação do neurônio alfa do músculo (como resultado de A acima, ou como uma ação voluntária) o que por sua vez afrouxa o spindle reduz os envelopes da terminação anuloespiral. Esta ação vai desligar qualquer reflexo iniciado de estimulação alfa do músculo.

C-mostra a estimuação neuronal gama do spindle que então contraiao faze-lo amplia os envelopes da terminação anuloespiral. Este alongamento estimula a contração do músculo através do neurônio alfa.

Dra. Rolf se referiu a esse fenômeno quando ela afirmou que idealmente ?quando os flexores fletem, os extensores extendem?. Poderia descrever essa condição como um funcionamento mais puro de inervação recíproca. A inervação recíproca funciona bem quando não a sabotamos com os nossos comandos alfa voluntáriosportanto, menos discriminativos.

Para resumir: Utiliza o sistema de defesa da gravidade para o movimento, leva o movimento que é mais efetivo, custa menos esforço, aumenta a probabilidade de minimizar contração improdutiva de músculos antagonistaspermite uma maior sutileza de controle.

A chave do movimento na Integração Estruturalde Movimento, visa evocar essas qualidades. Claramente estes princípios estão implícitos em muitas de nossas técnicas.

A segunda parte deste artigo continua no próximo número.

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