Vou falar um pouco sobre algumas teorias geraismétodos relacionados às emoçõesà como elas aparecem no trabalho corporal. Depois, gostaria de entrar na estrutura corporal, posturaquestões emocionais; olhar para os tipostécnicas que casam com cada padrão de mobilização de músculos específicos; talvez entrar em algumas histórias subjacentespredisposições metabólicas que criam tais padrões.
Minha posição sobre trabalho corporal profundo é que a estrutura que você está reorganizando não apenas ajuda na criação da auto-imagem, mas é também dependente da auto-imagem. Em longo prazo, o que estamos fazendo é uma tentativa de alterar aquela imagem. Na medida em que corpoimagem estão intimamente conectadosambos são moldados pelas experiências, no processo de trabalho com o corpo, em especial o trabalho com o tecido mais profundo, você irá evocar material emocionalmente doloroso. Não existe maneira de evitar isto. Você já deve ter se perguntado sobre o quê fazer quando … vamos dizer, colocou seu cotovelo sobre o diafragma de alguéma pessoa começou a acessar uma experiência emocional, ou seja, ela começou a se sentir emocionada. Quando isto acontece, você tem algumas opçõeseu penso que os princípios que vou apresentar a seguir procedem.
Tenho quatro princípios para oferecero primeiro deles é: valide a emoção. Geralmente a auto-imagem da pessoa está fixada porque de alguma maneira as emoções envolvidas não foram reconhecidas. Elas foram abafadas, queimadas, bloqueadas. Se você como terapeuta também faz isto, se não valida os sentimentos da pessoa, se tenta seguir como se não tivesse percebido, sem comentar, o seu silêncio poderá ser tomado como significando que estes sentimentos não são importantes, não são bons, são inaceitáveis, ou que podemos lidar com eles sem tocá-los. Eu penso que não. O que acontece é que quando os sentimentos não são reconhecidosvalidados, a pessoa enterra os sentimentos ou tenta lidar com eles depois, quando está sozinha, o que é sempre difícilalgumas vezes é impossível. Quando as pessoas enterram questões ou sentimentos, a estrutura corporal retorna à posição que estava antes de você ter trabalho nela ou compensa de outra maneira, psicológica ou comportamentalmente.
Estou lembrando de um caso no qual a pessoa ficou muito maníacafinalmente foi parar num hospital porque recebeu muito trabalho corporal muito rapidamente. Foi minha responsabilidade também; era um paciente meu. Pedi a um rolfista que trabalhasse com essa pessoao rolfista fez duas sessões numa semana. O homem simplesmente não pode dar conta dos resultados, iniciou um episódio maníacoterminou no hospital. Este homem do qual falo é citado no livro The Body Reveals como um exemplo de divisão esquerda – direita. Ele é tão dividido que é efetivamente duas pessoas. Você pode ver claramente em sua fotografias. Ele foi trabalhado muito rapidamente.
A abordagem psicológica das questões emocionais é portanto uma busca de claridade. Ajudar uma pessoa a compreender suas questões emocionais é a melhor coisa que você pode fazer. A pessoa pode reorganizar-se com a compreensão. Enquanto permanecerem obscuras, não claras, habitualmente as pessoas evitam estas questões. Desenvolvemos estes mecanismos quando somos crianças ou jovens, numa época em que provavelmente não podíamos dar conta destas coisas de outra maneira. Não podíamos sair de casa ou qualquer outra coisa. Mas, como adultos, somos mais capazes de dar conta de questões emocionais se temos suporte para isto,então podemos ser ajudados na compreensãomudar alguns mecanismos.
Então, sua primeira tarefa como terapeuta é aceitar os sentimentos que estão emergindo. Não ignore o óbvio. Quando uma pessoa começa a chorar, tudo o que você deve dizer para validar a emoção é ?Triste, huh??. Formas simples de constatação, que não analisam ou interpretam, que simplesmente mostram que você percebeuque aceita o que está acontecendo. Esta atitude é uma parte significativa da terapia. Perceberaceitar faz com que as pessoas sintam-se segurastalvez até mesmo um pouco melhores em relação a si mesmas. Com a segurançaa validação, o processo pode continuar. Freqüentemente, os sentimentos emergemsão expressos sutilmente, provavelmente porque algumas pessoas não têm certeza de que podem expressá-los. Os olhos ficam um pouco molhados, o nariz um pouco vermelho, a voz engasga um pouco. Apenas pequenos sinais. É aí que você deve mostrar que percebeuvalidar o sentimento. Se você não pegá-lo neste momento, as pessoas poderão pensar que o sentimento não é bem vindovão bloqueá-lo. Elas tomam estas decisões logo nos primeiros momentos em que sentem alguma coisa. Você precisa reconhecermostrar que reconheceu logo no início ou no mesmo momento. Esta atitude, de estar presente desta maneira com as pessoas, cria confiança ao mostrar sua capacidade de percepçãocontato. Porque você está notando habilmente pequenas expressões de sentimentos, elas se sentem mais seguras, elas sabem que você sabe. Às vezes, uma pessoa ou outra irá sentir que sua privacidade está sendo invadida, só porque você está olhando de tão perto ? um raro acontecimento, em minha experiência.
Como mencionado, o primeiro objetivo é detectarvalidar os sentimentos. Envolve mais do que apenas o toque. Embora você devesse ser capaz de detectar sentimentos com o toque, você precisará também verescutar. Você está trabalhando numa determinada áreade repente o tecido empaca. Você pode sentir isto. Ou talvez você escute um suspiro ou veja um medo repentino. Não é apenas toque; tem sonsimagens. Você precisa estar rastreando com todos os seus sentidos. Quando trabalho, estou quase o tempo todo olhando para o rosto da pessoa. Sei que vocês não podem fazer isto, mas poderiam fazê-lo de vez em quando. Chequem. Com certeza, vocês podem estar ouvindo o tempo todo. Com um pouco de prática vocês se tornarão bastante precisos. É uma questão de seu ?estado de ser?. Se vocês estão num estado que permite serem receptivos intuitivamente, se estão o suficientemente calmos, clarosabertos, pequenos sons terão muito significados. O tom da voz pode dizer quem é a pessoa, apenas o tom da voz. Alguém chegadiz, ?Oi, eu tive um dia ótimo?. Se você está no estado certo, você pode ouvir coisas sobre aquela pessoa como um todo.
Agora, vamos para a segunda atitude geral, ou segundo princípio,o mais significativo. Os sentimentos não são problemas a serem resolvidos. Graças a Deus não é nosso trabalho resolver problemas no âmbito dos sentimentos. Não sei como vocês tratam o exame do corpo para os desequilíbrios estruturais; devem existir problemas a serem resolvidos neste âmbitoisto é bom. Mas quando se trata de sentimentos ? bem, os sentimentos são para serem simplesmente compreendidos. Se você se coloca no lugar de consertar ou resolver problemas, você já está caminhando na direção errada,de verdade, caminhando na mesma direção para a qual tendem os mecanismos de defesa. Ou seja, a defesa contra o sentimento é criada exatamente porque o sentimento é considerado um problemaa defesa é a solução. O sentimento não é aceito; ?dá-se um jeito?, ou ?se lida? com ele de alguma maneira. Se você entra querendo resolver o problema, se você embarca nesta viagem defensiva com alguém, será pego num papel ativoirá perder a capacidade de escutarver claramente. Uma atitude assim pode bloquear aquela espécie de escuta intuitiva que permitiria compreender os sentimentos da outra pessoa. E certamente, se você compreende, pode ajudar mais. Nunca será demais enfatizar isto. A mobilização de consciência necessária numa atitude de resolver problemas é prejudicial ao tipo de abertura que você precisa para aceitarcompreender.
Você deve abrir mão de qualquer forma de pensamento orientado para resolução de problema quando você começa a trabalhar com os sentimentos das pessoas. Você pode pensar desta maneira enquanto trabalha com o tecido, mas quando há uma tristeza repentina, não vá direto para ?O que podemos fazer a respeito disto?. Espere, ajude a pessoa a se sentir segura, ajude-a a se sentir confortável, auxilie no desdobramento do processo conforme ?ele parece querer se desdobrar?. Direi como gosto de fazer isto: Ajudo as pessoas a processarem suas emoções de modo que cheguem a um entendimento; isto é, até que elas reconheçam um significado na experiência. É isto que se faz. Não requer que você resolva problemas. O jeito de fazê-lo é na verdade simplestécnico. Você apenas desempenha algumas açõessegue algumas regras sobre as quais falarei a seguir.
Então, vamos ver o terceiro princípio. É a mais importante regra geral para processar sentimento: Dê suporte ao comportamento espontâneo. É isto. É isto o que se tem a fazer para ajudar o processo se desdobrar como precisa. Esta noção particular, esta abordagem particular. Você não está resolvendo problemas agora. Está apenas observando. Você está rastreando comportamentos espontâneosdescobrindo maneiras de apoiá-los. Claro que você precisa estar apto a determinar o que é espontâneoo que não é. Você deve desenvolver uma orelhaum olho para isto. Você nota reações espontâneas aos sentimentosdá suporte a elas. Essa é a regra.
Deixe-me dar um exemplo simples. Se alguém começa chorar à mesa, ou ela quererá rolar para o lado, afastando-se de você,aí a cabeça começará a girar, ou ela irá manejar o fluxo de sentimento contraindo certos músculos. Neste caso, os ombros virão para frentepara cimao diafragmao abdômen se contrairão. A pessoa pode tentar fechar os joelhos. Bem, tudo o que você precisa é amparar, ou seja, ajudá-la a fazer o que está fazendo. E como você é apenas uma pessoa que pode assumir apenas algumas funções, você pode, por exemplo, colocar algumas toalhas sob seus ombros. Retirar o esforço de qualquer aperto, tensão que ela esteja fazendo, mesmo que seja um esforço defensivo. Não vamos contra o sistema defensivo de maneira alguma. Estamos apenas oferecendo à pessoa o tipo de suporte que ela espontaneamente parece precisar. Se ela quer se afastar rolando para o lado, você simplesmente ajuda.
Se você toma a decisão de que vai ajudar uma pessoa a processar sentimentos, então a forma como faz é dar suporte ao comportamento espontâneo. O resultado comum desta abordagem é: Como o comportamento é defensivo, como está tentando manejar o fluxo de sentimentosexpressão emocional, a pessoa se sente mais segura quando este comportamento é apoiado; ela sente que você está do lado dela, que seus sentimentos são normais. Então o sistema defensivo relaxa um poucoa experiênciaa liberação emocional se aprofundam quase que imediatamente. Assim que a pessoa relaxa os músculos envolvidos no manejo de expressões emocionais, os sentimentos se tornam mais intensos. E é nesta experiência aprofundada que o significado do processo pode ser descoberto. Observe, como um exemplo, a tendência a curvar a cabeça para baixo na tristeza. Isto coloca o peso da cabeça nos músculos das costasrestringe a respiração ao tórax superior. Assim que você recebe o peso da cabeça em suas mãos, a respiração se aprofunda. Quando você segura a cabeça, os músculos das costas podem relaxar,se ou quando eles relaxam, a respiração se aprofunda, mais sentimentos vêm à consciênciaa tristeza é mais claramente sentida. Tudo isto se passa muito naturalmente. Já que as respostas defensivas são parte de sentimentosexperiências bloqueadas, o relaxamento das defesas produz sentimentosexperiências. E quando você apóia comportamentos espontâneos, as defesas geralmente relaxam. Quando você auxilia no aprofundamento da experiência, está ajudando a pessoa a obter mais informações. Está ajudando a se aproximar do significado desse processo emocional. Mais precisamente, você está ajudando a pessoa a entender este processo. É disto que se trata a última regra.
Grosso modo, a última regra geral é: Busque o significado. Queremos compreenderter insightclareza. Não acho que isto seja uma questão de quantidade de sentimentos, que, digamos, existem 40 galões de lágrimas alinós temos que colocá-las todas para fora. Isto para mim não faz sentido. Meu modelo não é um modelo hidráulico. Prefiro um modelo de informação. Para mim é uma questão de como as pessoas organizam suas experiências, como elas organizam o fluxo de experiência emocional. Quero ajudar as pessoas a mudar a forma como organizam as experiências, ajudando-as a permanecer com elas o tempo suficiente para examinar de onde vêmo que significam. Penso que se olhamos para esta experiênciaa compreendemos, podemos desistir de nos defendermos delas. Podemos fazer outras coisas a respeito. Algumas vezes, não sempre, a experiência envolve algo que aconteceu à criança, algo além da compreensão da criança. Se isto é enterrado, o adulto, que poderia entendê-lo, nunca chega a fazê-lo. Se você nunca olha para isto, não chega a descobrir que, de muitas maneiras, isto era diferente do que você então acreditava ser, assim como você era diferente. O processo emocional pode envolver experiências que aconteceram várias vezes à criança; estes, em contra-partida, podem ter levado a criança a mobilizar uma auto-imagem particulara usar o sistema muscular para expressarmanter esta auto-imagem. O caminho para o significado é primeiramente, experiência profunda,em segundo lugar, o indagar esta experiência. ?O que você está dizendo com seu corpo ao contrair seu peitose sentir triste?? Perguntas como esta. ?Meu peito diz, `Valentes não choram´?.
Muito bem, acho que já fiz um apanhado geral. Vou apenas revisar quatro pontos importantes:
1. Evite solução de problema: Esta é uma questão de atitude, consciência. É como se você se sentasse no shoppingolhasse as pessoas passando, como se cada uma fosse um mistério que flutuasse sobre sua consciência. Sem tentar resolver o problema de ninguém, sem procurar problemas para resolver. Apenas sentir o mistério. Isto lhe dá um foco maior. Tira você de uma mobilização forçada, ativa, simpática, para um estado mais relaxado. Informações periféricas vêm à consciência, coisas que não iriam emergir se você estivesse rigidamente concentrado. Então, evite resolver problemas. É a coisa mais importante que tenho para ensinar aos meus estudantes. Eles querem resolver problemas. Querem ajudar. Bem existem vários níveis de ajuda.
2. Reconheçaaceite a expressão emocional: Aqui, você deve trabalhar a si mesmo para sentir-se bem com os sentimentos de outras pessoas. Você deve aceitar sentimentos de todos os tipos. Ódio. Terror. Qualquer um. Deve estar disponível a todos eles. Por isto, faça contato. Faça algum comentário que permita à outra pessoa saber que está acompanhandoentendendo. E lembre-se, pegue no início! Esta é a segunda regra: Reconheceraceitar.
3. Apóie o comportamento espontâneo: Se você apóia o comportamento espontâneo, você jamais violará o sistema de defesa. E se você nunca violar o sistema de defesa, não criará resistência. Criar resistêncialutar para abrir caminho é bom se você gosta de suarse gosta de drama, mas não faz muito sentido quando está tentando trabalhar. Por que incitar os demônios? Por que acordar os tigres no portão se você pode simplesmente passar, fazer o que tem de ser feitosair sem o mínimo de esforçodor? O caminho mais fácilmais eficaz se dá através do rastreamentodo apoio do comportamento espontâneo.
4. Busque o significado: O objetivo é entender. Você não busca um significado para si mesmo. Você busca um significado pertinente para a pessoa com a qual está trabalhando. Você não precisa saber tudo o que está acontecendo. Você deve apenas criar uma situação para que o cliente saiba o que está acontecendo. Darei alguns exemplos disto. Digamos que você esteja com os dedos em alguns músculosde repente sente algoobserva um pouco de tristeza. Os ombros da pessoa vêm para cimavocê coloca uma mão ou uma toalha sob o lugarsustenta estes músculos, a pessoa choradepois de um tempo se acalma um pouco, embora esteja ainda um pouco triste. Quando houver espaço para isto, você pergunta ?O que minha mão parece estar dizendo a você?? Siga através desta interface mente – corpo constantemente. Pergunte sobre o significado de mobilizações de tecido. Pergunte sobre o significado do toque. Este é o tipo de significado que você busca. O significado está nos sentimentosnas reações corporais. É baseado na experiência corporal. Suas perguntas não são convites a especulações. Elas dirigem uma busca por informação sobre a experiência presente. Mesmo que o cliente não responda, poderá ainda descobrir alguma coisa. Com freqüência há um aumento de informação sobre a experiência presente ? um aumento no ponto aonde você vai atrás do significado. O cliente vai mais fundochora mais livremente. E apesar de ser doloroso, este choro é bom. Expressa uma verdade finalmente reconhecida. Às vezes há um grande suspiro de alívio quando vem o entendimento; o tecido libera. Buscar o significado é apenas mais uma maneira de aprofundar a experiência, de juntar ainda mais informação. Tudo isto tem a ver com o que a pessoa faz com sua dor, se ela foge ou páravivencia. A única forma de fazer algo saudável a respeito é entender. Se ela foge da dor, bloqueia a área com tensões, o fluxo sanguíneo muda, o tecido se enrijeceperde sensação; a percepção é perdida como função, como parte da auto-imagem. Reconhecer, experimentar, entender, expressar, completar são as opções saudáveis.
Quatro pontos para lembrar, então: reconhecer aceitar a expressão emocional, evitar solução de problema, apoiar o comportamento espontâneo buscar o significado.
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