Ao tomar contato com profissionais ligados à oralidade (fonoaudiólogos, bucomaxilos, etc), médicospsicanalistas, tomei conhecimento de uma forma de organização corporal muito diferente da que usamos no Rolfing, que tem o suportea força da gravidade como referenciais. Percebi que eles tinham como referencial a evolução (ontológicafilogenética)portanto pensam a organização corporal humana a partir do tubo digestivo, ou, mais precisamente, a partir da boca.
Achei importante trazer essa visão aos rolfistas, porque em nossa sétima sessão, ao trabalharmos a boca, percebi que não estamos referenciando nosso trabalho nas funções orais. Se estudamos tanto a marcha como referência para trabalharmos a cintura pélvica, achei que a visão de organização corporal dos profissionais orais poderia nos abrir um campo maior de compreensãode referência, complementando nosso trabalho de integrar a estrutura na gravidade.
Pensar nas funcionalidades orais nos faz caminhar para a origem da organização estrutural dos animais.
Diferentemente dos vegetais que desenvolveram a fotossíntese, os animais criaram tecido nervoso, que possibilitou o movimento voluntário para a busca do alimento. Ou seja, a busca de alimento é o mote da locomoção. O tubo digestivo é o eixo ao redor do qual a estrutura dos vertebrados se organiza. A boca (a entrada do alimento) sendo o referencial superior do eixo, traz consigo os outros órgãos de sentidotambém o sistema nervoso central.
A boca é referencial de locomoção, você se move na direção que vai o seu rostoos animais também. Portanto, o controle motor humano inicia-se pela boca, a partir da sucçãoda deglutição, ainda intrauterinamente, movimentos voluntários feitos sob o ritmo cardíaco da mãe. Cabe observar que quando digo boca, estou me referindo ao sistema estomatognático, que é composto de ATM, dentes, ossos maxilares, músculos, nervosvasos
Para os profissionais orais, quem determina a boa posição da cabeça sobre a coluna é a posição da mandíbula! Temos três grupos de músculos envolvidos na posição mandibular: os elevadores da mandíbula, os suprainfrahióideos. Eles formam uma dinâmica onde os elevadores se antagonizam com os hióideos. Então:
– se tensão dos levantadores É MAIOR que tensão dos hióideos: cabeça para trás hiperextendendo o eixo
– se tensão dos hióideos É MAIOR que a tensão dos levantadores: cabeça para frente colabando o eixo
– se a tensão for lateralmente desigual: giros, torção no eixo.
Evidente lembrar que, como em qualquer tipologia, existem N combinações entre os tipos puros. Importante também lembrar que a mandíbula ocupa uma posição determinada pela genética, pela posição dos dentespela forma como desempenha as funções orais (sucção, deglutição, mastigaçãorespiração).
Lembrando o velho dueto forma-função, é que me proponho a falar sobre elas. As quatro funções reflexas vegetativas orais são muito interligadas, de forma que se encontramos alguma disfunção em uma delas provavelmente encontraremos reflexos disso nas outras.
A mastigação, sucçãodeglutição usam principalmente os três grupos musculares acima citados. E a respiração se não for nasal causa bastante desequilíbrio no equilíbrio entre levantadoreshióideos. Dessa forma, ao trabalharmos com essas funções, podemos estar restabelecendo o equilíbrio muscular que propiciará a boa posição da mandíbulaa boa posição da cabeça sobre a coluna. Não dispensando aqui as parcerias com os profissionais orais, se necessárias.
Uma questão muito significativa para o trabalho com as quatro funções é o fato do sistema estomatognático ser muito ligado ao tálamo, responsável pelas condutas afetivas de luta ou fuga, ativação do simpáticopara simpático. Isso significa que essas musculaturas são ativadas involuntariamente, até várias vezes ao dia. O trabalho com as funções é uma forma de descarregarinibir a ativação simpática do trigêmeo, que pode ser responsável por vários danos não só ao sistema estomatognático (bruxismo), quanto ao eixo axial (giros, hérnias cervicais)cintura escapular (bursites, etc) devido à enorme força dos elevadores da mandíbula.
Concluindo, gostaria de dizer que esses dois anos de trabalho com as funções orais me trouxeram uma nova compreensão sobre o funcionamento do eixo axial, sobre a comunicação entre os diafragmas, além do redimensionamento da influencia da ATMda língua para um bom funcionamentoposicionamento estrutural.
IGOR SIMÕES: Existem pesquisas no centro do Upledger, com os efeitos do toque potencializando os efeitos do ultra som dos cetáceos: botosgolfinhos. Segundo a literatura mundial, o toque prepara o tecido de diversas formas tais como:, forças de remodelação, mecânica mais livre de fluidos intra corpóreos, melhoras na troca energética com o meio ambiente. Percebi que o rolfing, alem destes benefícios, organiza a cinesfera do ser humano no sentido de seu equilíbrio eletromagnético, que aparece nos resultados de melhora no humorauto estima. Falei também sobre a necessidade de apoio de ONGs internacionais para a continuidade de nossas pesquisas …. na palestra contei sobre como adaptei o Rolfing para o contexto da Bototerapia,a historia de como desenvolvi a Bototerapia assistida pelo Rolfing. Exibi dois videos: o primeiro com o treinamento dos livres com bolinhaso segundo do grupo de pesquisas de crianças com distúrbio no sangue.
KATIA SHARDONG: Procurei mostrar nesse filme amadorfamiliar, com meus dois filhos de 14 anos, as diversas fases do amadurecimento psicomotor,.Desde o nascimento(onde a posição C da coluna é mais evidente) até as tentativas de sustentar a cabeça na posição pronado para dar inicio as curvaturas da coluna, o virar de lado, o sentar , engatinharficar em pé. Os desafios de descer uma escada presente no meu apartamentoa graciosidadefacilidade de executar o gestual cotidiano, cairlevantar mil vezes , direcionar a mão em relação a boca para se alimentar sozinho, encostar o pé na boca, etc… Minhas principais referencias bibliográficas para acompanhar esse percurso foram:
– O despertar do bebe – Janine Levy – Ed Martins Fontes, e
– A criança dos 0 aos 5 anos – Arnold Gesell-ed Martins Fontes;
além da imensa cultura rolfistica adquirida nesses anos de práticaestudo.
LUIZ ANTONIO DOS SANTOS FILHO:
ROLFING E CHI KUNG. Fiz a opção de fazer uma breve apresentação do trabalho de Chi Kung (a força da energia), no encontro de rolfista, com a seguinte visão: Acredito que se a Ida Rolf, dentro da demanda de tantas coisas que ela teve de fazer, para estruturar o Rolfing, tivesse a chance de criar uma metodologia energética própria do Rolfing ela o teria feito. Digo isto pelas citações que são feitas no livro ?IDA ROLF FALA SOBRE ROLFING E REALIDADE FISÍCA?, páginas, 3435 onde ela fala das experiências feitas observando a aura dos rolfistasdos rolfados, no mesmos livro na página 70, onde ela destaca o texto do projeto de lei que oficializaregulamenta a acupuntura no USA. O texto fala de uma metodologia energética usada em seres humanos. Também pelo próprio fato dela ser uma praticante de YOGA (Gatusha Yoga), destacando que a prática dos asanas (posições psicofísicas) do Yoga, no aspecto fisiológico, não deixa de ser um trabalho de ROLFING MOVIMENTO. O que tem de mais importante nisto tudo para nos rolfistas é: tocamos nas pessoasquando a tocamos estamos lidando com a energia de cada cliente. Neste momento tem dois aspectos principais, que temos que observar: a consciência da qualidade da nossa energia, para poder trabalhar a outra pessoa, que qualidade de energia estamos disponibilizando ao cliente? O segundo aspecto é termos resistência energética, para podermos trabalhar com alguém, com energia deficiente, porque se não tivermos resistência para tal evento, estará tal profissional correndo o risco de também pagar o preço de ficar com energia deficitáriao delicado desta situação é que isto às vezes acontecenão se percebe claramente, quando está acontecendo.
O que pude observar neste período de prática de Chi Kung quando rolfo é que obtive melhor sensibilidade no toque, para perceber o que está acontecendo com o corpo do cliente, ao mesmo tempo, ter um toque com mais vitalidademais domínio no evento energético da sessão de Rolfing.
Penso que é valido alguma atenção com este setor do nosso trabalho para mais qualidadepotencia na manutenção saúde de cada rolfista.
PAULA STALL: Realizei pesquisa intitulada ?Estudo de pacientes com diagnóstico de síndrome fibromiálgica tratados pelo método Rolfing de Integração Estrutural?. Atendi, pessoalmente, 30 doentes fibromiálgicas do Centro de Dor da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, do sexo femininomaiores de dezoito anos, selecionadas randomicamente. Foram avaliadas no início, ao término de dez sessões de Rolfingtrês meses após o tratamento. A maioria das doentes tratadas apresentou melhora da condição inicialos resultados obtidos foram significativos estatisticamente. Tive uma experiência trabalhosa, porém, muito positivaincentivo, todos os colegas interessados, a fazerem trabalhospesquisas divulgando o Rolfing, pois, além da satisfação pessoal, o aprendizado pode ir além das expectativas!
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